terça-feira, 15 de março de 2011

Supremo abre inquérito para investigar deputada Jaqueline Roriz

 O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (14) o prosseguimento do inquérito contra a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF). Ela foi flagrada em vídeo recebendo um maço de dinheiro com R$ 50 mil de Durval Barbosa, delator do esquema do Mensalão do DEM. Durval admite que deu dinheiro a Jaqueline mais de uma vez, diz procurador “Diante da existência de indícios da prática de crime pela investigada, determino o prosseguimento do inquérito e defiro as diligências requeridas pela Procuradoria-Geral da República”, diz Barbosa em sua decisão. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, entrou com o pedido de abertura de inquérito no STF na última quinta-feira (10). Ele pedia a tomada de depoimento da deputada assim como a realização de perícia e degravação da fita de vídeo fornecida por Durval.
A partir de agora, a Polícia Federal tem 30 dias para cumprir o que foi determinado por Joaquim Barbosa. Hoje a procuradoria afirmou que em depoimento colhido na última sexta-feira (11), Durval Barbosa disse que o dinheiro foi pago a Jaqueline Roriz para que ela não fizesse campanha para Maria de Lourdes Abadia, que concorria ao governo do Distrito Federal, apesar de ser da mesma coligação dela.
A eleição foi vencida por José Roberto Arruda, que deixou o cargo no ano passado em meio ao escândalo do mensalão denunciado por Durval Barbosa. Apesar de Durval Barbosa estar envolvido nos dois casos, Gurgel disse que ainda não há um paralelo entre o Mensalão do DEM e o caso de Jaqueline Roriz. “O contexto da Caixa de Pandora se relaciona à campanha eleitoral, mas a certeza só vira com o fim das investigações”, afirmou Gurgel.