Cerca 450 mil pessoas perderam ou tiveram de deixar suas casas depois do terremoto e do tsunami que devastaram o Nordeste do Japão na última sexta-feira (11).
De acordo com a emissora pública de televisão e rádio japonesa NHK, elas viviam em nove províncias afetadas pelo tremor e pelas ondas gigantes. A população está abrigada em 2.546 centros. Alguns abrigos ainda não têm água ou alimentos e a falta de gasolina para abastecer ambulâncias e caminhões está dificultando o trabalho das equipes de resgate, segundo informou a emissora.
O número de mortos na tragédia chega a quase 1,9 mil e, pelo menos, 15 mil pessoas estão desaparecidas. Na sexta-feira passada (11), o Japão sofreu o pior terremoto da história do país, de 9 graus de magnitude na escala Richter.
A grande preocupação das autoridades japonesas é evitar um grave acidente nuclear nas usinas de Fukushima, afetadas pelo sismo. Além de combater o vazamento de radiação, técnicos tentam conter, com a aplicação de água do mar, o superaquecimento dos reatores atômicos cujos sistemas de refrigeração foram danificados.
O governo japonês já solicitou ajuda à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e aos Estados Unidos para resfriar os reatores atômicos. A Aiea informou nesta segunda-feira (14) que o vazamento de radiação apresenta níveis que não oferecem risco à população.