terça-feira, 30 de agosto de 2011

Violência na Bahia vira destaque do The New York Times


Nesta terça-feira (30), a violência na Bahia virou assunto em matéria da edição online do The New York Times, um dos principais jornais do mundo. A reportagem conta que o estado nordestino foi afetado por uma onda de violência que antes caracterizava, especialmente, as grandes cidades do sudoeste brasileiro como Rio de Janeiro e São Paulo.
O jornalista Alexei Barrionuevo abriu a matéria descrevendo a cena de um crime ocorrido no mês de julho contra um jovem de 20 anos. Sem deixar de narrar o ambiente e a intensidade da violência, que vem se tornando corriqueira, o autor da matéria alertou para a frieza do assassinato.
Na reportagem, é chamada a atenção para o aumento significativo da taxa de homicídios no Nordeste, que quase dobrou nos últimos 10 anos. No RJ e SP esse índice registrou uma queda de 47% no período de 1999 e 2009, segundo estudo realizado por José Maria Nóbrega, professor de ciência política da Universidade Federal de Campina Grande. O tráfico de drogas é apontado como um dos principais causadores do crescimento destes registros.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, falou ao repórter do NYT que o progresso social no Brasil é visível. "Se o mercado consumidor está crescendo, o traficante de drogas virá aqui também", disse.
O número de assassinatos na Bahia cresceu 430%, entre 1999 e 2008. Segundo o Dr. Nóbrega, no ano passado a taxa de homicídios do estado. de 34,2 por 100.000 habitantes, foi superior ao do Rio de Janeiro, que caiu para 29,8.
Uma das preocupações do NYT foi ressaltar que a capital baiana, Salvador, é uma das maiores atrações turísticas do Brasil e uma das cidades co-anfitriãs da Copa do Mundo de 2014, e também candidata a realizar a abertura do evento esportivo. Além disso, mostrou a preocupação de agentes de viagens com o aumento da violência nas favelas baianas e com os assaltos no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador.
Paul Irvine, diretor da agência de viagens Dehouche, no Rio de Janeiro, ouvido na matéria do NYT, acredita que, no momento, Salvador não está preparada para a Copa do Mundo