Em ato previsto para as 18 horas desta quarta-feira (24), junto ao
busto de Getúlio Vargas, os dirigentes, filiados e simpatizantes do PDT realizam
uma homenagem ao ex-presidente.
A
data lembra sua morte, que ocorreu às 8h30 de 24 de agosto de 1954, no Palácio
do Catete, no Rio de Janeiro. Vargas estava sendo pressionado pela cúpula
militar para renunciar ao cargo em função de uma crise política que vinha se
arrastando há mais de mês.
Como
saída honrosa, ele acabou se suicidando e deixou um manifesto conhecido como
Carta-Testamento onde denuncia as pressões contra os trabalhadores e o saque às
riquezas nacionais.
No
ato do PDT, que é o herdeiro das ideias e do trabalhismo de Vargas, vai ser lido
um manifesto pelo Presidente do Partido, Agustinho Berlesi.
Na
oportunidade, também vai falar o ex-vereador, Dr. Cláudio Silva Rufino, que vai
lembrar o legado do ex-presidente Vargas.
Conforme
Agustinho Berlesi, estão convidados para o ato todos os filiados do PDT e as
pessoas simpatizantes das ideias do ex-presidente.
Neste
ano, a homenagem ganha especial relevo em função das comemorações do
Cinqüentenário da Campanha da Legalidade, quando o ex-governador Leonel Brizola
abortou uma tentativa de golpe militar. Sete anos antes Vargas igualmente
abortou o golpe com o seu suicídio e a divulgação da
Carta-Testamento.
Um
tiro que mudou o rumo da história
Abandonado
pelos militares, pelos burocratas do governo, pelos políticos e até por seu
vice-presidente, Café Filho, o presidente Getúlio Vargas só tinha uma saída na
madrugada do dia
24 de agosto: renunciar.
Mas,
quando seus adversários já comemoravam a vitória política, Vargas mudou o rumo da história. Por volta
das 5h, segundo sua filha Alzira Vargas, o presidente, sozinho em seu quarto,
disparou um tiro fatal no peito.
“Eu
saí correndo feito uma doida e me joguei sobre o corpo dele. Ele ainda estava
vivo e eu tive a impressão de que esboçava um sorriso”, contou Alzira. Bastaram
uma edição especial do Repórter Esso e a leitura da carta-testamento deixada por
Vargas para o sorriso que Alzira acreditou ter visto se justificar.
Enlouquecida
e com lágrimas nos olhos, a população tomou as ruas para protestar contra os
inimigos do “pai dos pobres”. Houve quebra-quebras e incêndios em sedes de
jornais contrários a Vargas. Até a Embaixada Americana foi apedrejada. Os
adversários de Vargas caíram em desgraça. Jornal do Brasil
Na
manhã de 24 de agosto de 1954, a medida que a carta testamento chegava aos
ouvidos dos brasileiros pelas rádios, a dor do povo surgiu como manifestação de
indignação e revolta contra os adversários de Getúlio, tomando as ruas de norte
a sul da Nação.
O
sentimento nacional sepultou um golpe militar. O Udenista Carlos Lacerda,
declarado opositor de Getúlio, foi obrigado a fugir para o exterior. E assim, o
período Getulista, iniciado em 1930, que buscava com seu projeto e ideologia
trabalhista, a modernização nacional, chegou ao fim.
Grande
estadista, certamente o maior que o país já teve, amado pelo povo , trouxe o
crescimento econômico, a justiça social e a igualdade de direitos. Criou
empresas estatais fortes como a Petrobrás, a Companhia Vale do Rio Doce e a
Companhia Siderúrgica Nacional.
Getúlio
construiu uma legislação federal clara, beneficiando, principalmente os
trabalhadores, criou o salário mínimo e a jornada semanal de trabalho. Deu às
mulheres o direito de votar e, ainda na questão democrática, a instituição do
voto secreto.
Fonte:
site nacional do PDT unificado.com.br.