O procurador da República Celso Leal, que na próxima semana irá apresentar denúncia à Justiça contra os investigados pela operação Voucher, da Polícia Federal, admitiu na sexta-feira, 12, que poderá excluir da peça acusatória o baiano Colbert Martins Filho, secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo, e o ex-presidente da Embratur Mário Moysés.
De acordo com o procurador, não haveria “provas robustas” contra esses dois. A informação foi divulgada em matéria de O Globo publicada na internet.
Colbert Martins Filho foi libertado na sexta, à noite, de uma penitenciária em Macapá (AP) – onde estava preventivamente preso desde a última terça para prestar depoimento –, por força de um habeas corpus concedido pelo juiz Guilherme Mendonça Doehler, do Tribunal Regional Federal (TRF) 1ª região, de Brasília.
Outros cinco presos foram libertados, mas somente dois tiveram soltura ordenada pelo juiz isenta de qualquer tipo de condicionante: Colbert Martins e Dalmo Queiroz, diretor de licitações da Fundação Universa.
Frederico Silva da Costa, secretário-executivo do Ministério do Turismo, e Jorge Fukuda, diretor jurídico do Ibrasi, tiveram que pagar uma fiança no valor de 200 salários mínimos, e Costa recebeu ainda a determinação de ficar afastado de seu cargo sem recebimento de remuneração.
Gláucia de Fátima Matos e Kérima Silva Carvalho, servidoras do Ministério do Turismo, também foram soltas sob a condição de ficarem afastadas de suas funções sem recebimento de remuneração até a sentença final do Poder Judiciário.
A TARDE apurou que Colbert voaria ainda na sexta, à noite, de Macapá, junto com seu irmão Evaldo Martins e mais um advogado, e encontraria a mulher e uma das filhas em Brasília. Somente no início da próxima semana ele iria para Feira de Santana (BA), onde mora sua família.
Colbert Martins Filho foi preso pela operação Voucher, da Polícia Federal em parceria com Ministério Público Federal (MPF) e Tribunal de Contas da União (TCU) somente três meses depois de assumir um cargo no Ministério do Turismo.A operação apurou fraudes em contratos de R$ 4,45 milhões firmados em 2009 entre o ministério e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi) para capacitação de 1,9 mil pessoas no Amapá.