Um grupo de países europeus apresentou nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança da ONU uma nova proposta de resolução que condena a repressão do governo da Síria a manifestações pró-democracia.
O texto, apresentado por Grã-Bretanha, França, Alemanha e Portugal em uma reunião a portas fechadas, em Nova York, é uma nova versão de uma proposta anterior e deverá ser analisado nesta quinta-feira.
A proposta de resolução condena as violações sistemáticas dos direitos humanos na Síria, pede o fim imediato da violência e o fim do cerco das forças de segurança do governo a diversas cidades do país, permitindo a entrada de ajuda humanitária.
Diferentemente da posição adotada em relação à Líbia, porém, a proposta não autoriza qualquer tipo de ação concreta contra o governo sírio.
Veto
A linguagem da versão apresentada nesta quarta-feira foi modificada para conquistar o apoio de outros membros do Conselho de Segurança até então contrários a uma resolução.
O temor dos países contrários à medida é de que a resolução seja o primeiro passo para uma intervenção na Síria, a exemplo do que ocorre na Líbia, onde foi autorizada em março uma ação militar para proteger civis contra as forças do coronel Muamar Khadafi.A Rússia, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, com poder de veto, manifestou-se contra a resolução. A China, outro membro permanente, também se opôs.