quinta-feira, 14 de abril de 2011

Operação que prendeu delegado apreende armas e munições em cinco cidades baianas

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A operação que prendeu o ex-delegado titular da cidade de Gandu, Madson Santos Barros, realizada nesta quinta-feira (14) pelo Comando de Operações Especiais (COE), encontrou diversas armas e munições em poder dos acusados.
Segundo a Polícia Civil, foram apreendidos nove pistolas, cinco de calibre 38 e quatro de calibre 40, uma espingarda de calibre 12, quatro algemas, dois coletes balísticos, dois uniformes e um distintivo da Polícia Civil, além de munições de diversos calibres

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Armas e munições apreendidas pela polícia

Bernardino Brito Filho, delegado-geral adjunto, disse em entrevista coletiva nesta tarde que o objetivo da operação era desarticular um grupo formado por servidores públicos e por pessoas que se passavam por policiais.
“Temos o dever de garantir a cidadania, o respeito e a paz social e não admitiremos ações criminosas praticadas por quem quer que seja e, em especial, por autoridades públicas”, afirmou.
 Coletiva de imprensa no Centro Admisnistrativo da Bahia (CAB)

A operação, denominada Pojuca, foi efetuada pela Polícia Civil com apoio da Polícia Militar e do Ministério Público na madrugada desta quinta-feira(14). As polícias, que percorreram os municípios de Salvador, Pojuca, Catu, Simões Filho e Gandu, desarticularam uma quadrilha chefiada pelo delegado Madson Santos Barros, ex-delegado titular de Gandu e que contava com a participação de um soldado da Polícia Militar, um ex-carcereiro e agentes de proteção da vara da infância e juventude de Salvador.
Além do delegado Madson Barros, estão presos na sede do COE no Aeroporto Luís Eduardo Magalhães, o soldado da Polícia Militar Manoel Santos de Jesus, o ex-carcereiro Milton de Jesus e os agentes Emilson Ferreira Ramalho, Jimi Carlos Jardim, José Sérgio dos Santos de Jesus, João Batista Neto e Paulo César Góes Dias.
Coletes balísticos, uniformes apreendidos pela polícia

Sobre o delegado

Madon Santos Barros foi autuado em flagrante em 2009, por racismo, porte ilegal de arma, desacato e por formar uma milícia na cidade de Gandu, em que era titular. Na época, o Ministério Público apurou que Madson teria contratado homens armados, não-policiais, para acompanhá- lo no “combate” à criminalidade. Os chamados X-9 teriam agindo sem conhecimento da Justiça e sem quaisquer critérios policiais, tendo inclusive vitimado inocentes.
No mesmo ano, Madson foi encontrado desacordado dentro de um Fiat Palio de madrugada, por policiais militares, na rua Jaime Sapolnick, próximo a uma praça no Imbuí. Quando reanimado e conduzido à Corregedoria da Polícia Civil, ele reagiu de forma violenta e agrediu fisicamente e verbalmente o policial de plantão.
De acordo com o delegado da Corregedoria, Adagilson Campos Sobral, Madson usou palavras racistas contra o policial de plantão, e se recusou a fazer o exame de alcoolimia, para verificar se ele estava bêbado. Ainda de acordo o delegado, Madson só aceitou fazer o exame de lesões corporais.
Em 2008, a mesma Corregedoria abriu um processo de investigações contra ele, que foi preso após efetuar diveros tiros em um bar, no bairro de São Cristóvão. Na época, ao chegar na 12ª DP, em Itapuã, o delegado resolveu tirar a roupa, quando soube que seria encaminhado à Corregedoria.
(Correio da Bahia)