O Brasil deve colocar a sua “própria casa em ordem” se quiser ser um
ator global e conquistar uma vaga permanente no Conselho de Segurança
das Nações Unidas, afirmou nesta terça-feira (26) o secretário-geral da
Anistia Internacional, Salil Shetty, em seu segundo dia de visita ao Rio
de Janeiro.
“Se o Brasil quer ter um assento no Conselho de Segurança e se tornar
um ‘player’ internacional, ele precisa colocar a sua própria casa em
ordem, e também ter uma posição muito clara dos direitos humanos”,
defendeu o representante da organização que completa, em 2011, 50 anos
de atuação.
Salil Shetty afirmou à imprensa que a presidente Dilma Rousseff deixou
claro que vai colocar os direitos humanos no topo da agenda, mas,
segundo ele, será preciso acompanhar para ver se “haverá ações e não
apenas discursos”.
O secretário-geral esteve reunido hoje com representantes da Pastoral
das Favelas da Arquidiocese do Rio de Janeiro, além de defensores
públicos e moradores de comunidades pobres que relataram casos de
despejo ou de demolição de suas moradias sem o devido aviso prévio para
construção de grandes obras de infraestrutura para a Copa do Mundo e as
Olimpíadas.