O refrão da paródia do sucesso da Banda Mamonas Assassinas, cantado pela torcida durante a campanha na 2ª Divisão do Brasileiro do ano passado, voltou a ser entoado pelos tricolores durante o clássico de ontem à tarde nas arquibancadas do estádio do Parque Metropolitano de Pituaçu. O Bahia está comemorando o triunfo de 2 a 0 sobre o Vitória como o início da nova fase, da reação do time no Campeonato Baiano rumo à classificação no Grupo I, e a conquista do título do Estadual 2011.
O polêmico clássico de ontem à tarde no Estádio de Pituaçu, literalmente, botou fogo na rivalidade entre os dois clubes na disputa do Campeonato Baiano. Foi um Ba-Vi como nos velhos tempos, carregado de emoções, adrenalina, confusões e polêmicas, motivando uma acirrada disputa entre as torcidas tricolor e rubro-negra nas arquibancadas do estádio.
O Bahia não chegou a ser brilhante, mas foi o time que a torcida vem cobrando desde o início do ano. Limitado tecnicamente em algumas posições, com os velhos e mesmo erros de passe, mas correndo, lutando, determinado e, principalmente, aplicado para superar o Vitória, que até o primeiro gol do Ba-Vi era melhor em campo e tinha exigido defesas importantes do goleiro Omar, que chegou a ter seu nome cantado em coro pela torcida tricolor.
No final do 1º tempo, dois lances consecutivos mudaram a história do Ba-Vi. O pênalti sofrido por Elkeson, e não marcado por Jaílson Macedo Freitas, e a falta em Nino, que o árbitro mandou seguir o lance e resultou no belo gol de Marcone, já aos 44 minutos.
No segundo tempo, com a vantagem no placar, o Bahia voltou tocando a bola e explorando os contra-ataques. Aos 20 minutos, a primeira expulsão, de Uellinton, e cinco minutos depois o segundo lance polêmico do clássico.
Marcone sofreu pênalti de Léo Fortunato, Viáfara defendeu a cobrança de Ávine. Mas o árbitro Jaílson, atendendo aceno do seu auxiliar Kleber Moradillo da Silva, mandou repetir a cobrança, com Ávine definindo o placar em 2 a 0 para o Bahia, e dando início à festa tricolor nas arquibancadas do “Caldeirão do Pituaço”, enquanto o Vitória ainda teve a expulsão de Neto Baiano, já aos 44 minutos do 2º tempo, aos gritos de “olé, olé, olé” da torcida do Bahia.