SÃO PAULO - Derrotado no primeiro turno da disputa pela Prefeitura de
São Paulo, Celso Russomanno (PRB), marca sua volta à televisão na
próxima segunda-feira, 26, e já adiantou que será candidato em 2014 pelo
partido. Ele, no entanto, disse que ainda discute com a cúpula que
cargo pleiteará nas próximas eleições.
Sérgio Castro/Estadão
Político marca sua volta à televisão na próxima segunda-feira, 26
"Sou candidato em 2014. O cargo que vou ocupar ainda não está definido", afirmou Russomanno ao Estado.
Segundo interlocutores, o projeto político do PRB é lançar a
candidatura de Russomanno a uma vaga na Câmara dos Deputados para puxar
votos para a sigla e não lançá-lo para disputar o governo do Estado.
A postura do PRB pode ser um gesto de apoio do partido à reeleição do
governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB) em 2014 - o PRB compõe a
base governista da presidente Dilma Rousseff (PT) com o Ministério da
Pesca. Os tucanos também acreditam que Russomanno não saia como
candidato ao governo nas próximas eleições. Na corrida em São Paulo,
Alckmin quer evitar que Russomanno e o seu capital político, adquirido
durante a campanha deste ano, apoiem o PT. Russomanno confirmou ter se
encontrado com o governador no começo de outubro, mas afirmou não ter
falado sobre política, ou negociado cargos.
Defesa do consumidor
Em seu retorno à TV, Russomanno reassume o quadro 'Patrulha do
Consumidor', a partir da próxima segunda veiculado no Programa da Tarde,
da Rede Record. Antes de se candidatar, o quadro integrava o programa
Balanço Geral, transmitido pela manhã.
Nesta semana, Russomanno postou uma foto no Facebook com a seguinte
mensagem: "Estou voltando com força total! Agora com meus amigos do
Programa da Tarde da Record. Quem está feliz como eu, curte a foto e
compartilha!", escreveu.
Líder das pesquisas de intenção de voto durante quase todo o primeiro
turno, a campanha de Russomanno sucumbiu após brechas deixadas em sua
proposta de implantar uma tarifa proporcional à distância percorrida no
transporte público da capital. Elas foram usadas como munição de
adversários, como o PT, do prefeito eleito Fernando Haddad - então
candidato.