CURITIBA - O rebaixamento do Palmeiras para a segunda divisão do
Campeonato Brasileiro foi o pivô de uma agressão dupla contra Fabrício
Garcia de Lemos, de 31 anos, no Jardim Independência, em Sarandi (PR),
na região metropolitana de Maringá (405 quilômetros de Curitiba).
Ricardo Luiz da Silva agrediu Fabrício depois de ouvir algumas piadas
sobre o rebaixamento da equipe paulista.
Além da briga corporal, Ricardo, que é pedreiro e estava com uma
machita na mão (aparelho com serras circulares), arrancou um pedaço da
orelha da vítima e o agrediu com a serra por várias vezes. A mulher do
agressor, Edlen, também participou da briga e o casal foi levado para a
delegacia local logo em seguida. Os dois devem responder pelo crime de
lesão corporal. Já Fabrício, foi levado para o Hospital Metropolitano.
Segundo a Polícia Militar, a confusão começou dentro de um bar, onde
ambos bebiam. "Fomos avisados de que estava ocorrendo um problema e logo
fomos para o local, onde tomamos as providências", disse o policial
Conceição. Ao chegar na delegacia, coberto de sangue, o casal admitiu as
agressões e somente a mulher, que pediu para rezar antes de entrar no
prédio, parecia mostrar arrependimento. "Deixe eu orar, deixe eu orar!",
gritava. Ricardo, por sua vez, preferiu pôr a culpa no Palmeiras e
disse que não aceitava brincadeira de ninguém.
O rebaixamento provocou a revolta de alguns torcedores do Palmeiras.
Em São Paulo, a loja do clube foi depredada na madrugada logo após o
empate com o Flamengo, resultado que decretou a queda, dia 18 de
novembro.