A conta de luz paga pelos consumidores brasileiros pode ter um ligeiro alívio hoje. Mas nada que mude a condição do país de ter ainda uma das tarifas de energia mais caras do mundo, informa reportagem de Agnaldo Brito publicada na edição desta terça-feira da Folha.
A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha). A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) promete, depois de um ano de atraso, definir as regras para o 3º ciclo de revisão tarifária. Com isso, a agência terá os critérios para revisar a tarifa de todas as 63 distribuidoras do país entre 2012 e 2014.
A revisão é uma exigência do contrato de concessão, mas seu efeito na conta de luz não promete ser exuberante. As mudanças podem reduzir as receitas das distribuidoras, principalmente com a queda de 25% da geração de caixa, o chamado Ebitda (o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).
Mas o dinheiro da tarifa que fica com as concessionárias representa só um quarto do preço de energia.
A discussão da Aneel mexe apenas com o equivalente a R$ 28 bilhões por ano, ou 24% dos R$ 118 bilhões arrecadados pelo setor elétrico.
Portanto, se a Aneel reduzir 10% a receita das distribuidoras, o corte sobre a tarifa final para os consumidores será de apenas 2,4%.
Folha desta terça-feira.