terça-feira, 11 de outubro de 2011

Irã rejeita acusação dos EUA de plano para matar embaixador saudita


O Secretário de Justiça, Eric Holder (esq.), acompanhado do diretor do FBI, Robert Mueller, fala durante entrevista coletiva no Departamento de Justiça, nesta terça (11)  (Foto: Haraz N. Ghanbari / AP)Em comunicado, TV estatal iraniana diz que plano é 'história pré-fabricada'.
Secretário de Justiça acusou Irã de estar por trás de atentado frustrado
O governo do Irã rejeitou nesta terça-feira (11) acusações dos Estados Unidos de que estaria por trás de um plano para matar o embaixador saudita no país e que tinha como alvo ainda embaixadas da Arábia Saudita e Israel em Washington.
"É um cenário planejado para desviar a atenção da opinião pública americana dos problemas internos dos Estados Unidos", afirmou Ali Akbar Javanfekr, conselheiro de imprensa do presidente Ahmadinejad.
"O governo americano e a CIA têm uma ampla experiência em desviar a atenção da opinião pública dos problemas internos dos Estados Unidos. Agora, temos que esperar para saber os detalhes desse cenário planejado, para descobrir os objetivos do governo americano", disse Javanfekr.
. O secretário-geral de Justiça dos EUA, Eric Holder, acusou nesta terça-feira dois iranianos de terem tentado assassinar o embaixador saudita nos Estados Unidos, Adel Al-Jubeir, em um "complô concebido, financiado e dirigido a partir do Irã".
Um dos suspeitos foi identificado como membro de uma força de elite da Guarda Revolucionária Iraniana, diz um comunicado do FBI.
Os suspeitos, identificados como Manssor Arbabsiar e Gholam Shakuri são iranianos, de acordo com a investigação conduzida por uma corte federal de Nova York.
Arbabsiar, naturalizado cidadão americano, foi preso no final de setembro. Shakuri ainda está foragido. O plano foi descoberto numa investigação conjunta do FBI e a agência nacional de combate às drogas (DEA, na sigla em inglês).
O esquema foi descoberto por meio de interceptação de conversas telefônicas em que Shakuri em que tratava da morte do embaixador com Arbabsiar, dizem as autoridades.
Em julho e agosto, Arbabsiar pagou US$ 100 mil a um informante da DEA pelo assassinato do diplomata saudita. Preso no mês passado no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, o suspeito teria confessado o plano para o atentado, dizem autoridades.(Do G1, com agências internacionais)