Viajar de avião pelo Brasil a partir de 2012 será uma experiência mais
agradável do que é hoje. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) planeja
daqui para o fim do ano uma série de novas normas que ajustam a qualidade dos
serviços prestados ao passageiro ou, pelo menos, obriga as companhias a
fornecer-lhes mais informações sobre os voos que estão comprando.Veja, a seguir, algumas mudanças futuras em fase de implantação ou ainda em
elaboração, segundo o diretor-presidente da Anac, Marcelo Guaranys.
Mais controle sobre horários
de voos
Guaranys diz que a Anac mudará em breve as regras para controle dos horários
dos aviões. Pela norma atual, o controle é mais rígido apenas na primeira
decolagem de um avião, que pode fazer no mesmo dia diversas partidas e chegadas
em diferentes cidades. Hoje, também, a Anac tem mais força para fazer uma
companhia que não cumpre horários perder esse direito apenas no aeroporto de
Congonhas, que tem a sua capacidade no teto. “A norma hoje não casa com a
realidade, queremos que o horário que não é bem utilizado seja perdido”, diz o
diretor-presidente da Anac. A nova regra deverá estender essas condições de
Congonhas pelo menos para os aeroportos com capacidade saturada em determinados
horários do dia, como Guarulhos, Brasília e Confins. Ou seja, a Anac quer que,
onde a companhia não atenda bem o passageiro, ela perca o acesso para que nova
empresa possa substituí-la após novo leilão desse direito.
Campello: Governo “não vai poder garantir tudo” para Fifa que ameaça tirar a copa do brasil
A ameaça da Federação Internacional de Futebol (Fifa) de retirar do Brasil a Copa do Mundo de 2014 não deve mudar a postura do Palácio do Planalto em não ceder em alguns pontos polêmicos da Lei Geral Copa-2014, que foi enviada para votação no Congresso. A Fifa queria que algumas legislações brasileiras fossem suspensas durante o mundial, como a que garante meia-entrada para estudantes e idosos, ou a que permite a exibição de parte das imagens do evento para redes de TV que não compraram o direito de transmissão. “Algumas exigências da Fifa são conflitantes com a lei brasileira, como o Estatuto do Idoso, e a Fifa deseja que estas legislações sejam ignoradas. Temos um marco regulatório, uma Constituição Federal, que tem de ser respeitada”, afirmou Ney Campello, secretário estadual para assuntos relacionados á Copa do Mundo de 2014. O gestor, em entrevista à Rede Tudo FM 102,5, avalia que a ameaça de cancelar o mundial é apenas uma forma da entidade tentar pressionar o Governo Federal, mas acredita ser “dificílimo que isso aconteça”. “A Fifa, uma entidade privada que enxerga evento com seus interesses, está pressionando para ter o máximo de garantias, e o governo quer atender os interesses do povo brasileiro”, analisou. “Não se vai poder garantir tudo, se não estaria ferindo a própria legislação brasileira”, salientou o gestor.
Filho é suspeito de matar o pai após discussão sobre futebol em MG
A
polícia suspeita que um adolescente de 17 anos matou o pai, de 47 anos, por
causa de uma discussão sobre futebol e som alto neste domingo (25) em Capim
Branco, na Região Central de Minas Gerais.
De acordo com a polícia, o adolescente teria pegado a arma que estava escondida no quintal de casa e atirado nas pernas do pai. Depois disso, ele teria fugido. A polícia informou que testemunhas devem ser ouvidas nesta segunda-feira (26).
De acordo com a polícia, o adolescente teria pegado a arma que estava escondida no quintal de casa e atirado nas pernas do pai. Depois disso, ele teria fugido. A polícia informou que testemunhas devem ser ouvidas nesta segunda-feira (26).
O
registro da ocorrência foi feito na delegacia de Matosinhos. Até o horário que
esta reportagem foi publicada, o jovem ainda estava foragido.
Turismo suspende convênios de qualificação para Copa
O Ministério do Turismo suspendeu a execução e do repasse de
recursos de todos os convênios de qualificação de profissionais, "em
especial aqueles firmados no âmbito do Programa Bem Receber Copa". A
medida, publicada nesta segunda-feira (26), tem como alvo as parcerias firmadas
com entidades privadas sem fins lucrativos. A decisão do ministro Gastão Dias
Vieira ocorre após Tribunal de Contas da União (TCU) decidir auditar todos os
11 contratos e convênios já realizados pelo Ministério do Turismo para o
programa de treinamento da Copa 2014, em que foram irregularidades nas
contratações que já somam R$ 77 milhões. Até a Copa, a previsão do ministério
era gastar R$ 440 milhões para treinar 306 mil pessoas. Informações da Folha de
S. Paulo.
Crime bárbaro choca população de Ipirá
Uma criança de apenas três anos foi sequestrada e morta a
golpes de facão na noite deste domingo (25), no município de Ipirá, no centro
norte baiano. De acordo com a Polícia Civil, o corpo da pequena Edielia Santana
de Souza foi encontrado próximo à casa onde morava com a família e apresentava
cortes no pescoço, braço e tórax. Um facão e uma faca, armas supostamente
usadas no crime, foram recolhidos e serão examinados pela perícia técnica. Há a
suspeita de que a criança tenha sofrido violência sexual antes de ser
assassinada. O corpo da menina foi encaminhado ao Departamento de Polícia
Técnica (DPT) de Feira de Santana na manhã desta segunda-feira (26). A polícia
ainda não tem pistas do assassino. Informações do Blog Central de Polícia.
Jequié é o maior palco de batalha entre motos e carros da Bahia
Os olhos do ex-motociclista de 44 anos marejam quando
encontram a perna direita arrancada numa quinta-feira que, para ele, prometia
ser igual às outras. Mas um adolescente de 16 anos, a bordo de uma caminhonete
F-4000, mudou a história de Marcondes Silva. Naquela manhã de 27 de abril de
2006, uma batida o jogou na lista de sequelados da guerra travada no trânsito
de Jequié, no Sudoeste da Bahia, onde as motocicletas são os alvos principais.
Apontada como a mais violenta cidade baiana para pilotar
motos em um relatório apresentado em dezembro de 2010 na Câmara dos Deputados,
Jequié teve no primeiro semestre do ano passado 387 acidentes de motos a mais
que Salvador. Com a diferença que o município possui 151 mil habitantes; a
capital, quase 3 milhões.
Os dados foram compilados pela Procuradoria-Geral da
República com base em informações dos serviços de saúde estaduais e embasou as
críticas feitas contra a regulamentação do serviço de mototáxi. Mas, além do
repúdio ao sistema alternativo de transportes, o motivo para os altos índices
de acidentes com moto está em duas frentes: o abandono do trânsito pelo poder
público e a explosão de ciclomotores na cidade.
Antes de ser destroçada no acidente, a moto de Marcondes
engrossava a frota de Jequié, com 16.891 unidades até agosto deste ano, segundo
dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Em 2001, elas eram
apenas 3.496, quase cinco vezes menos. Somadas mais 2.731 motonetas, o universo
sobre duas rodas representa 49,2% de todos os 39.878 veículos cadastrados no
município.
O inchaço produzido pela febre de motocicletas, cuja
quantidade atual é 43% superior à de carros (13.761 unidades), tornou as ruas e
avenidas de Jequié uma trincheira onde a cada dia se produzem vítimas das mais
variadas escalas de gravidade.
Gente como Marcondes, mutilado após ser colhido na saída da
zona urbana da cidade. Durante duas semanas de agosto, o CORREIO visitou
Jequié, viu e ouviu dezenas de casos semelhantes ao de Marcondes. O resultado
está nas páginas seguintes.
Vidas fora do Rumo
Bairro do Agarradinho, Urbis IV, 13h de 30 de agosto. Em uma pequena casa verde na comunidade carente de Jequié, mora Jonatan Vieira dos Santos, 24 anos. Após minutos à espera da resposta ao chamado, um vizinho avisa: “O menino tá aí, mas a mãe e o pai saíram, e ele não pode abrir a porta”.
Bairro do Agarradinho, Urbis IV, 13h de 30 de agosto. Em uma pequena casa verde na comunidade carente de Jequié, mora Jonatan Vieira dos Santos, 24 anos. Após minutos à espera da resposta ao chamado, um vizinho avisa: “O menino tá aí, mas a mãe e o pai saíram, e ele não pode abrir a porta”.
As impossibilidades de Jonatan para realizar tarefas simples,
como abrir uma porta, surgiram em agosto de 2008. Jones, como é chamado
pelos amigos mais próximos, pilotava lentamente sua moto em um cruzamento da
avenida Lyons Clube, que circunda parte da cidade do Sudoeste baiano, quando
foi abalroado por um Fiat Uno.
“Nem vi a hora ou como aconteceu. O cara fugiu sem prestar
socorro”, diz Jones, deitado na cama, cerca de uma hora após a primeira
tentativa de visita do CORREIO. O resultado da pancada: fratura nas vértebras
cervicais C6 e C7, que acarretou uma tetraplegia. Jones teve ainda o pulmão
esquerdo perfurado e ficou cerca de oito meses internado no Hospital Geral do
Estado (HGE) em Salvador.
“Nunca recebi uma ligação do motorista do carro para saber se
eu morri ou não”, lamenta, sob os olhos injetados do pai, Mário Francisco dos
Santos Neto, 47, perna esquerda segura por parafusos, sobre o pé quase
esfacelado também por um acidente de moto.
“Mas, tenho fé que vou voltar a andar e ter minha vida de
volta. Agora, quero ficar só. Estou sentindo muitas dores”, diz.
Hospitais terão
de mudar oferta de serviços a pacientes do SUS
Tássia
Correia
A oferta de serviços e leitos disponíveis pelo
Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia sofrerá modificações nos próximos meses.
Entidades beneficentes na área da saúde, também conhecidas como hospitais
filantrópicos, terão que adequar o orçamento para atender à nova portaria do
Ministério da Saúde.
As
unidades terão que equacionar disponibilidade de leitos, consultas e até
faturamento, para garantir um percentual mínimo de atendimento pelo SUS a fim
de se manterem com o título de entidade beneficente.
O
percentual não é fixo e varia de acordo com os tipos de serviços oferecidos. As
determinações são da Portaria nº 1.970, de 16 de agosto e que foi
debatida na última sexta-feira em Salvador por representantes do Ministério da
Saúde e das filantrópicas.
Na Bahia são pelo menos 66 entidades filantrópicas que atuam na área de saúde, segundo levantamento da Federação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas da Bahia (Fesf-BA). Todas aquelas que atuam pelo SUS, mas também com atendimento particular e por convênios, terão que rever a oferta de serviços.
*Leia reportagem completa sobre as novas regras para os hospitais filantrópicos na edição impressa de A TARDE desta segunda-feira, dia 26. Ou acesse a edição edital (serviço para assinantes).
Na Bahia são pelo menos 66 entidades filantrópicas que atuam na área de saúde, segundo levantamento da Federação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas da Bahia (Fesf-BA). Todas aquelas que atuam pelo SUS, mas também com atendimento particular e por convênios, terão que rever a oferta de serviços.
*Leia reportagem completa sobre as novas regras para os hospitais filantrópicos na edição impressa de A TARDE desta segunda-feira, dia 26. Ou acesse a edição edital (serviço para assinantes).
Vacinação é a forma mais segura e eficiente contra a Coqueluche, que ganha força na Bahia
Até julho deste ano, a Bahia registrou 48 casos de
coqueluche, também conhecida como tosse comprida. Os municípios de Feira de
Santana, Barreiras e Salvador foram os mais atingidos.
De acordo com a coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde do estado (Sesab), Fátima Guirra, o que chama atenção no registro de casos é a mudança no perfil imunológico da doença, que deixou de ficar restrita à infância e passou a acometer adultos.
“A situação é nova no cenário epidemiológico brasileiro, mas o fato é que doenças como a coqueluche e o sarampo, que até pouco tempo eram consideradas como próprias da infância, voltam a aparecer também em adultos, jovens e até em faixas etárias mais avançadas”, esclarece.
Falta de ar
Causada pela bactéria Bordetella Pertussis, a coqueluche provoca crises intensas de tosses, que terminam em falta de ar e fazem o doente guinchar diante da dificuldade de respirar.
Segundo a infectologista e pediatra, Luíza Helena Arlant, nas crianças, a tosse causa uma forte pressão na cabeça, aumentando a possibilidade de rompimentos de vasos sanguíneos e complicações neurológicas. “A ação da bactéria imobiliza os cílios que ficam no aparelho respiratório, impossibilitando que o organismo expulse os organismos estranhos”, diz a especialista, destacando que, desprotegido, o paciente termina desenvolvendo problemas outros, como a pneumonia bacteriana secundária.
De acordo com a coordenadora de Imunização da Secretaria de Saúde do estado (Sesab), Fátima Guirra, o que chama atenção no registro de casos é a mudança no perfil imunológico da doença, que deixou de ficar restrita à infância e passou a acometer adultos.
“A situação é nova no cenário epidemiológico brasileiro, mas o fato é que doenças como a coqueluche e o sarampo, que até pouco tempo eram consideradas como próprias da infância, voltam a aparecer também em adultos, jovens e até em faixas etárias mais avançadas”, esclarece.
Falta de ar
Causada pela bactéria Bordetella Pertussis, a coqueluche provoca crises intensas de tosses, que terminam em falta de ar e fazem o doente guinchar diante da dificuldade de respirar.
Segundo a infectologista e pediatra, Luíza Helena Arlant, nas crianças, a tosse causa uma forte pressão na cabeça, aumentando a possibilidade de rompimentos de vasos sanguíneos e complicações neurológicas. “A ação da bactéria imobiliza os cílios que ficam no aparelho respiratório, impossibilitando que o organismo expulse os organismos estranhos”, diz a especialista, destacando que, desprotegido, o paciente termina desenvolvendo problemas outros, como a pneumonia bacteriana secundária.
Casos de coqueluche duplicam no Brasil
O número de casos de coqueluche confirmados no Brasil
duplicou no primeiro semestre deste ano na comparação com todo o ano de 2010.
De acordo com o Ministério da Saúde, houve 583 registros da doença até agosto
deste ano contra 291 no ano anterior. O estado campeão de ocorrências é São
Paulo, com 183 vítimas da doença, que atinge principalmente as crianças, contra
176 em 2010. Embora confirme a elevação nos casos, o governo federal nega que
haja um surto de coqueluche no país. A enfermidade é causada pela bactéria
Bordetella pertussis e atinge o sistema respiratório, a provocar acessos da
chamada tosse comprida. Outros sintomas são dificuldade de respirar e vômitos
pós-tosse. A doença é transmitida ao falar, tossir ou espirrar. As informações
são da Agência Brasil.