A Polícia prendeu, na madrugada desta segunda-feira (12), a prefeita Sânia Tereza (PT), da cidade de Anadia, em Alagoas, acusada de matar o vice-presidente da Câmara de Vereadores, Luiz Ferreira (PPS), há duas semanas.
De
acordo com a polícia, Sânia e o marido, Alessander Leal, tramaram a
morte do vereador- que seria o "voto de Minerva" em um pedido de
cassação contra a chefe do Executivo municipal por uma série de
irregularidades- desde falta de licitação para a compra de merenda
escolar e combustível até o remanejamento, sem autorização da Câmara, de
R$ 7 milhões.
O pedido de cassação dependia de uma mudança no regimento da Câmara- que proíbe a cassação do chefe do Executivo municipal.
O
regimento seria alterado no dia 1 de agosto, mas faltou luz no plenário
do legislativo municipal- e a votação foi suspensa para o dia 8. Luiz
Ferreira foi executado três dias antes.
Horas
antes de ser morto por 11 tiros, Luiz Ferreira anunciou em uma rádio,
na cidade de Maribondo, que se lançaria à Prefeitura de Anadia.
Sânia Tereza era candidata à reeleição e é investigada ou citada por corrupção em 11 órgãos- entre eles Ministério Público Estadual e Federal.
O
crime foi executado pelo primo de Sânia, o cabo da Polícia Militar
Cláudio Magalhães da Silva. O pai da prefeita, Breno Barros, foi preso,
por porte ilegal de arma.
“Estamos
investigando se ele cometeu o crime sozinho ou em parceria com outra
pessoa”, disse o secretário de Defesa Social, coronel Dário César.
“Não
toleramos situações desta maneira. Alagoas tem um passado de crimes de
mando- antes na peixeira e hoje no uso da bala. Estamos combatendo esta
prática com todo o rigor”, disse César. Informaçlões de O Globo.