domingo, 18 de setembro de 2011

Ministro diz que quer dobrar a produção de pescado no Brasil


Ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio, aposta em rios e lagos e produção longe da costa. (Foto: Elza Fiúza/ABr)O ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio, afirmou, nesta quinta-feira (17), que quer dobrar a produção de peixes no país. “Infelizmente no que se refere a pescado, mesmo tendo tantos lagos e rios e um enorme litoral, nós temos um enorme deficit, ou seja, importamos muito pescado. Mas vamos virar essa história e seremos exportadores”, disse o ministro, que participou do Programa Bom Dia Ministro, produzido pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República e transmitido pela NBR TV.
De acordo ele, apesar do extenso tamanho do litoral, o país tem uma particularidade. “No caso do Brasil, o litoral tem uma variedade muito grande de espécies, mas os cardumes são muito reduzidos”, afirmou. Porém, para Luiz Sérgio, isso não impede a atividade do pescado. “Nós podemos produzir mais, mas temos no país uma pesca que está muito limitada a área próxima da costa. Produzimos muito pouco longe, onde estão os peixes mais nobres”, disse.
Para aumentar essa produção, o governo criou o chamado Profrota - financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para construções de embarcações para pesca em alto mar. “Nós estamos falando de uma atividade econômica que estamos nos atentando a potencialidade a partir desse momento”, disse Luiz Sérgio.

Legislação

O ministrou aproveitou para falar sobre a importância da legalização. “Todos precisam de uma carteira de pesca. Mesmo aqueles que participam de pesca amadora”, disse. Segundo ele, os legalizados podem ter acesso a financiamento, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e, assim, negociar legalmente a produção.
Para Luiz Sérgio, o ministério está recuperando o tempo perdido. “Há vinte anos tínhamos a Superintendência da Pesca (Sudepe), que formulava políticas e centralizava todo o setor. Com isso orientava a atividade no Brasil. Quando acabaram com a Sudepe ficou um vazio”, afirmou o ministro.