No 11 de Setembro de 2001, Stanley Praimnath trabalhava para o Fuji Bank no 81º andar da Torre Sul do World Trade Center. Brian Clark era o vice-presidente-executivo da Eurobrokers, no 84º andar do mesmo prédio.
Praimnath viu o avião da United Airlines se aproximando por volta das 9 da manhã. Depois do impacto entre os andares 77 e 85 (veja infográfico com cronologia dos ataques), ele se segurou em móveis destruídos e se arrastou até chegar a uma parede que o impedia de chegar às escadas.
Ao mesmo tempo, Clark deixava para trás um escritório em ruínas para descer as escadas segurando uma lanterna, enquanto liderava um grupo de seis pessoas. Foi quando ele ouviu um barulho repetitivo e pedidos de socorro. Era Praimnath.
Clark pediu que ele batesse na parede para que pudesse localizá-lo e depois disse que teria de escalar a parede de reboco. "Ele saltou e consegui segurar seu braço. Ele caiu por cima de mim e acabou me dando um beijo. Eu disse: 'Oi, meu nome é Brian', e ele disse: 'Meu nome é Stanley'."
Praimnath disse que, naquele momento, ouviu de Clark palavras que lembrará para sempre: "Vivi a vida toda como filho único, nascido e criado no Canadá, mas sempre quis um irmão. Agora, ganhei um."
Os dois desceram juntos as escadas e, ao chegar ao térreo, ouviram de um bombeiro que, se quisessem sair dali, teriam de correr muito. Eles foram uns dos poucos que estavam no ponto de impacto do avião ou acima dele que conseguiram sobreviver.
"Brian me ama incondicionalmente e se algum dia estiver em perigo outra vez, Deus queira que isso não aconteça, não quero ser salvo por ninguém que não seja Brian Clark", disse Praimnath.