Embora a prefeitura de Salvador argumente que pretende privatizar apenas a concessão do serviço do Elevador Lacerda, e não o empreendimento tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2006,
a opinião do senador Walter Pinheiro (PT-BA) é a de que o procedimento
deveria ser outro. Para ele, os grandes empresários que atuam no estado,
a exemplo dos bancos e construtoras, deveriam liberar recursos para
serem aplicados na revitalização
do cartão-postal da capital baiana. “Patrimônio, obrigatoriamente, a
prefeitura tem que manter. É o maior símbolo da cidade. É o tipo de
discussão que não pode ser tratada como negócio. Se a prefeitura tem
dificuldade, tem que fazer uma grande cruzada em busca de parcerias para
melhorar o elevador”, opinou, em entrevista ao Bahia Notícias. Esta
semana, a polêmica sobre a entrega da operação do ascensor à iniciativa
privada ganhou espaço até mesmo na imprensa nacional, a partir da
declaração do secretário municipal dos Transportes e Infraestrutura,
José Mattos (PP), de que o Município já teria até a estimativa do valor
da tarifa, que passaria dos atuais R$ 0,15 para R$ 0,50. A população soteropolitana resistiu à ideia
e os adversários políticos do prefeito João Henrique (PP) aproveitaram o
ensejo para classificar a administração de “irresponsável”