O vice-prefeito de Campinas Demétrio Vilagra (PT), que vai assumir a prefeitura após a cassação de Hélio de Oliveira Santos, o dr. Hélio (PDT), divulgou nota no sábado (20) pedindo trégua. "Conclamo todos os partidos, vereadores, empresários, mídia e a sociedade para que este seja o momento final da crise", afirmou.
Dr. Hélio sofreu impeachment na madrugada de sábado pela Câmara dos Vereadores. Ele sofreu três acusações, entre elas a de omissão diante do esquema de corrupção que teria sido montado por sua mulher, Rosely Nassim Santos.
O pedetista foi abandonado por sua base de apoio na Câmara. Dos 33 vereadores de Campinas, 32 votaram a favor do impeachment do prefeito na acusação de ter cometido infrações político-administrativas ao não impedir um suposto esquema de corrupção e irregularidades na aprovação de loteamentos e na instalação de antenas de telefonia celular.
Antes que as irregularidades em sua administração viessem à tona, ele chegou a ter o apoio de 23 vereadores.
Os vereadores que faziam parte da base de apoio do prefeito antes que o caso viesse à tona justificaram o voto pela cassação como decisão "partidária" e uma resposta à indignação popular.
O petista Jaírson Canário disse que a mudança de posicionamento ocorreu após a publicação de uma gravação [na véspera do início do processo] em que o vereador Aurélio Cláudio (PDT) dá a entender que os votos favoráveis ao prefeito estariam sendo negociados.
"O PT tinha uma posição que era contra a cassação, mas, depois de um fato novo na imprensa colocando a idoneidade dessa casa em xeque, ficou deliberado que votássemos favorável."