Responsável pela nomeação do ex-presidente da Embratur Mário Moysés,
preso nesta terça-feira na Operação Voucher, a senadora Marta Suplicy
(PT-SP) chegou a se esconder no banheiro do cafezinho do plenário para
fugir dos jornalistas. Impecável num tailler vermelho, Marta se
encastelou na cadeira de presidente de olhos grudados no computador
enquanto os senadores da Oposição se revezavam para criticar o novo
escândalo de desvio de cerca de R$4 milhões no Ministério do Turismo,
durante parte de sua gestão na pasta. Mário Moysés foi braço direito de
Marta em São Paulo, inclusive em suas campanhas políticas. Mas ela se
negou o tempo todo a falar sobre o rombo na pasta que administrou.
Durante todo o tempo em que ela presidiu a sessão, Marta se manteve com
cara de amuo. Quando o senador Mário Couto (PSDB-PA) falou de “ladrões”
no Ministério do Turismo, citando as prisões de Frederico e Mário
Moysés, Marta virou o rosto para o outro lado e ficou fazendo cara de
impaciência. (O Globo)