O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse, em nota divulgada na noite desta quarta-feira (10), que "houve erro" na maneira como policiais tentaram parar um ônibus sequestrado na noite de terça-feira (9), na Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio.
Na ocasião, policiais militares atiraram contra o veículo com reféns para que ele parasse. O sequestro terminou com cinco pessoas feridas. Três homens foram presos e, até o horário de publicação desta reportagem, um suspeito continuava foragido.
A nota, enviada por e-mail às 19h37, contém uma única declaração de Beltrame: "Foi uma operação complexa, houve erro na forma com que a polícia tentou parar o ônibus, porém, em um segundo momento, os policiais militares conseguiram evitar o que poderia de pior acontecer. O cerco com as viaturas e a bem sucedida negociação com os assaltantes foram fundamentais para o desfecho que culminou na rendição deles e a libertação dos reféns".
Quebra de protocolo
O comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, afirmou que policiais militares quebraram o protocolo da instituição ao atirar contra um ônibus com reféns no Centro do Rio. No entanto, segundo ele, foi esse erro que permitiu que o ônibus fosse interceptado pela polícia.
“Nós sabemos que não podemos atirar, salvo em legítima defesa. A rigor, aqueles tiros não deveriam ter acontecido. Os tiros poderiam ter saído mais alto do que o esperado. Mas foi isso que acabou promovendo a parada do ônibus”.