Cinco pessoas morreram em um acidente na BR-324, km 596, em frente ao
posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Simões Filho, nesta
terça-feira (23). Um bebê que estava no veículo ficou ferido e foi
levado para o Hospital do Subúrbio.
De acordo com o Hospital, Leonarda Oliveira dos Santos, de 7 meses,
fraturou o fêmur, mas o quadro é estável. Ela está em observação na
emergência.
Mauro Aparecido Dorsi, 32, motorista da carreta, disse que Leandra
estava no colo da mãe no banco da frente. "Com o choque, o passageiro de
trás empurrou o banco da frente e ela ficou presa entre a mãe e o
painel. Ela chorava um pouco quando cheguei perto", conta.
Já Inácio de Jesus Alves, 46 anos, Neildes Francisca dos Santos, 53,
Ana Paula R. de Oliveira, 27, Caíque Pascoal Souza, 4 anos, e Maione
Alves dos Santos não resistiram ao acidente. O corpo de uma das vítimas
ficou preso nas ferragens.
De acordo com policiais rodoviários, as vítimas estavam em um Fiat
Uno, placa NTU-1728, da Prefeitura de Ourolândia. O veículo bateu no
fundo de uma carreta que saía do posto da PRF na rodovia.
"Eu vinha no sentido Salvador, na faixa da direita. Tinha acabado de
sair do posto e estava a uns 40 km/h. Não sei se o motorista dormiu no
volante ou se estava em alta velocidade", explicou Mauro.
Viagem - Caíque e Leonarda saíram de Ourolândia às
0h desta terça para fazer tratamento de saúde em um hospital de
Salvador, de acordo Maria de Lurdes Alves, recepcionista da Unidade
Avançada de Saúde de Ourolândia. Leonarda estava acompanhada da mãe Ana
Paula e da amiga da família Maione Alves dos Santos. Já Caíque viajava
com a avó Neildes Francisca.
De acordo com Maria de Lurdes, o clima na cidade é de comoção. "Foi
uma coisa péssima. Eram pessoas queridas", conta. A Prefeitura de
Ourolândia decretou luto de dois dias e está providenciando a
documentação para transferir os corpos para o município. Os enterros
devem acontecer nesta quarta.
Leonarda, Ana Paula e Maione moravam em Tabúa, distrito de Várzea
Nova, já Caíque e Neildes moravam em Lagoa do 33, distrito de
Ourolândia. O motorista Inácio de Jesus também morava em Ourolândia.
De acordo com Maria de Lurdes, ele, que trabalhava há seis anos na
Prefeitura de Ourolândia, costumava viajar de duas a três para Salvador
trazendo pacientes para serem tratados na capital baiana.