Justiça nega habeas corpus, e Zé Elias passará 2ª noite na prisão

22/07/2011 - 20h45

O TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo negou, nesta sexta-feira, o pedido de soltura emitido pela defesa do ex-jogador Zé Elias. Ele está preso desde a última quinta-feira (21) por falta de pagamento de pensão alimentícia. Segundo a Polícia Civil, o mandado da Justiça contra o ex-atleta cita dívidas no valor de quase R$ 1 milhão.

De acordo com informação do TJ-SP, o desembargador José Joaquim dos Santos --da 2ª Camara de Direito Privado-- negou o pedido no início da noite de hoje. Com isso, o ex-atleta passará, pelo menos, mais uma noite em uma das celas da carceragem do 33º Distrito Policial (Prirituba).

De acordo com a advogada de Zé Elias, Rita de Cássia Alves Moura, há aproximadamente outros 65 presos no local.

Para tentar evitar que o ex-atleta passe o fim de semana preso, a defesa poderá entrar com um novo pedido de habeas corpus --dessa vez no plantão judicial e somente a partir do próximo sábado.

A PRISÃO

De acordo com a Divisão de Capturas --unidade responsável pela prisão-- policiais foram à casa do jogador, por volta das 11h de quinta-feira, com o mandado de prisão expedido pela 2ª Vara Cível do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo.

Ainda segundo a polícia, os policiais foram recebidos no imóvel pela atual mulher de Zé Elias. O ex-jogador não estava, mas sua companheira fez uma ligação e ele foi ao local se apresentar à polícia.

Em um primeiro momento, "Zé da fiel" --como o ex-jogador ficou conhecido quando defendeu o Corinthians-- foi levado à Divisão de Capturas. No mesmo dia, porém, o ex-atleta foi transferido para a cadeia do 33º DP.

A Divisão de Capturas informou que o valor devido pelo ex-jogador, citado no mandado de prisão, é de R$ 932.577,733 --referentes à falta de pagamento na pensão no período entre maio de 2008 e maio de 2010.

DÍVIDAS

Segundo a advogada Rita de Cássia, Zé Elias tem dois filhos com a ex-mulher --um de 8 e outro de 10 anos. Ela não confirmou o valor informado pela polícia, mas disse que a pensão era superior a R$ 25 mil mensais e o período sem pagamento ultrapassa um ano.

Ela alegou na Justiça que o Zé Elias recebia direito de imagem por conta de uma propaganda de uma marca de refrigerantes, mas ele não recebia isso. Ele [Zé Elias] já tinha conseguido uma revisão nos valores na Justiça, mas a ação foi cassada por conta desse direito de imagem", diz a advogada.

FOLHA.COM