No primeiro semestre de 2011 foram registrados 838 ataques a bancos em todo o País, média de 4,63 ocorrências por dia.
Deste
total, 301 foram assaltos (incluindo sequestro de bancários e
vigilantes) e 537 arrombamentos de agências, postos de atendimento e
caixas eletrônicos (incluindo uso de maçaricos e explosões por
dinamite).
Em
decorrência desses crimes, 20 pessoas foram mortas, incluindo 11
vítimas da chamada “saidinha de banco”, quando o cliente é rendido por
bandidos após sacar dinheiro em agências ou caixas eletrônicos.
Estes
dados constam da primeira Pesquisa Nacional de Ataques a Banco,
divulgada na segunda-feira, 11, em Curitiba, pela Confederação Nacional
dos Vigilantes (CNTV) e Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro (Contraf).
A
pesquisa aponta a Bahia como o segundo estado onde mais ocorrera esse
tipo de crime, com 61 casos. Em primeiro lugar está São Paulo (283
casos). A maioria dos assassinatos também foi registrada em São Paulo,
com 12 mortos. Paraná aparece em terceiro (56). O Amazonas foi o único
estado que não registrou ataques a bancos ou a clientes.
Os
sindicalistas responsáveis pela pesquisa esperam que os bancos invistam
mais em segurança. “A segurança bancária é tema mais importante até
mesmo que questões salariais, porque envolve vidas. Os bancos não podem
transferir essa responsabilidade para os clientes, proibindo, por
exemplo, o uso de celulares dentro das agências”, disse o presidente da
CNTV, João Boaventura.
As
confederações apresentaram algumas propostas para melhorar a segurança
nos bancos. Uma delas é a isenção de tarifas de transferência de
recursos como forma de desestimular saques em dinheiro vivo e a
instalação de biombos ou tapumes entre a fila de espera e os balcões dos
caixas.
O
Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, que apresentou um estudo
relativo apenas ao Paraná, mostrou que o número de ataques no primeiro
semestre deste ano, 56, já supera o registrado no mesmo período de 2010
(52). Informações da Agência Brasil.