Os funcionários do Grupo A Tarde decidiram decretar estado de greve em protesto contra a decisão da direção do jornal de não dar aumento salarial este ano – sequer a correção inflacionária foi concedida aos profissionais. Em assembleia conjunta realizada nesta terça-feira (7), os sindicatos dos Jornalistas Profissionais (Sinjorba) e dos Empregados das Empresas de Jornais (Sadejorba) decidiram que o estado de greve não representa a interrupção das atividades do jornal – estão sendo realizadas paralisações diárias de 30 minutos, às 14h. Segundo a presidente do Sinjorba, Marjorie Moura, as negociações com a direção da empresa começaram em abril, mas não houve acordo. Enquanto os funcionários pediam 12% de reajuste, a direção decidiu não dar qualquer aumento. A contraproposta contemplaria somente o cumprimento de um acordo do pagamento de banco de horas extras com folgas. “Há um problema de gestão, administrativo e financeiro. E eles afirmaram que somente após os 90 dias em que está sendo realizada uma auditoria, iríamos saber se haveria algum reajuste”, relatou, em entrevista ao Bahia Notícias. Em carta pública, os dois sindicatos reclamam: "Nos últimos anos, a história de A Tarde tem sido maculada pelo desrespeito aos seus funcionários, que perderam o status de trabalhadores do maior jornal da Bahia, em todos os aspectos: são massacrados pela carga excessiva de trabalho, não recebem as horas extras, vivem na expectativa de um Plano de Cargos e Salários que nunca se concretiza, sofrem com as péssimas condições de trabalho e estão longe de ter uma compensação justa”.