segunda-feira, 13 de junho de 2011

Qual a importância do jornalismo investigativo na vida da sociedade?

Alguns radialistas que apresentam programas jornalisticos, em especial os iniciantes que trabalham em rádios comunitarias, desconhecem um dos mais importantes pontos que fazem dessa profissão, um importante aliado ao combate a corrupção e a criminalidade. Assim como os investigadores de polícia, os jornalistas e radialistas tem o mesmo perfil. São responsaveis por reportagens especializadas em desvendar mistérios e fatos ocultos do conhecimento público, especialmente crimes e casos de corrupção, que podem eventualmente virar notícia.O jargão jornalístico para notícias publicadas em primeira mão é "furo", que é muitas vezes fruto do trabalho do jornalismo investigativo. Para se fazer jornalismo investigativo é preciso ter: coragem,sabedoria,credibilidade e acima de tudo profissionalismo.

Classificação questionada

A própria classificação do jornalismo investigativo como uma área à parte do jornalismo é motivo de controvérsias. Alguns jornalistas, especialmente os das antigas gerações, consideram que, por sua natureza, toda reportagem é investigativa, pois em essência envolve a apuração dos fatos, sua edição e posterior divulgação.O jornalismo investigativo, para muitos jornalistas e pesquisadores da área, é uma modalidade especializada de jornalismo, calcada em características específicas, e se diferencia da rotina habitual das redações pelos seguintes aspectos:
a investigação minuciosa dos fatos, pelo tempo que for necessário, até elucidar todos os meandros, possíveis ângulos, pontos de vista e personagens envolvidos em determinado assunto; a disponibilidade de recursos específicos: tempo, dinheiro, paciência, talento e sorte;a precisão das informações (o jornalismo investigativo é também conhecido como jornalismo de precisão), implicando a exatidão dos termos utilizados, e a ausência de distorções ou citações fora de contexto.

O jornalismo investigativo, em geral, se concentra na investigação de crimes, como por exemplo a fraude numa licitação ou concorrência, o desvio de verbas públicas, o contrabando de pedras preciosas, crimes ambientais praticados pelas madeireiras, ou a prostituição de menores.

Roberto Cabrini, do SBT, um dos mais respeitados repórtes televisivos da atualidade, diz que "é necessário ousadia mas com responsabilidade para fazer as melhores reportagens". Ousadia e responsabilidade pautam o trabalho do jornalista.

Entretanto, alguns jornalistas se notabilizaram por adaptar a linguagem precisa, a investigação e o tratamento justo das informações, peculiaridades do jornalismo investigativo, para investigações em outras áreas que nada têm a ver com a esfera política ou com a policial.

O repórter Marcelo Canellas, da TV Globo, por exemplo, esmiuça as brechas da sociedade e da cultura brasileira. O próprio Canellas afirma que:

"Os fatos, os acontecimentos, os fenômenos, não aparecem diante de nós como algo íntegro e totalizado. O processo do conhecimento pressupõe a coleta desses fragmentos da vida e sua conexão com antecedentes e conseqüências para que o fato seja apreendido na sua totalidade".

 Criticar o jornalismo investigativo, é no minimo anti-ético, falta de bom  senso e de capacidade de se desenvolver profissionalmente. Pode ser também que algum tipo de sentimento como: Inveja e ódio possa desenvolver essa postura que infelizmente passa a ser adotada por alguns profissionais que sonham em ocupar o espaço alcançado por outro colega.