sábado, 7 de maio de 2011

Síria: exército entra em Banias e deixa 6 mortos

07/05/2011 - 18h51
 DAMAS, Chipre, 7 Mai 2011 (AFP) -Ao menos seis pessoas perderam a vida neste sábado na cidade costeira de Banias (noroeste), um dos focos do protesto na Síria, tomada pelo exército, enquanto a oposição propôs a realização de eleições livres em seis meses para pôr fim à crise.
Quatro mulheres que pediam a libertação de detidos na entrada da cidade perderam a vida após os disparos das forças de ordem, segundo um militante de direitos humanos. Inicialmente, foi informado sobre três manifestantes mortas.
Além disso, outras duas pessoas perderam a vida, afirmou um funcionário do Observatório Sírio de Direitos Humanos
O exército abriu fogo no fim deste sábado em vários bairros da cidade, de acordo com militantes de direitos humanos. Entre as localidades atingidas encontra-se o bairro de Cornisa, na entrada sul, o mercado e as pontes de Marqb e Ras el Nabee, segundo as mesmas fontes.
"Há dois mortos e vários feridos a tiros, mas não se sabe quem são os autores", declarou à AFP um funcionário do Observatório. Os serviços de segurança, com ajuda do exército, procediam para deter as pessoas, segundo estas fontes, que asseguraram que havia francoatiradores nos edifícios.
De acordo com estes militantes, carros do exército penetraram durante a madugada de sábado em Banias, uma cidade de 40 mil habitantes na costa mediterrânea, onde as comunicações e a eletricidade ficaram cortadas. Além disso, navios da Marinha patrulhavam a costa, em frente aos bairros do sul de Banias, enquanto a cidade vizinha de Bayda estava cercada de carros de combate.
Durante a tarde, soldados entraram no bairro de Ras al Ein, onde desde os minaretes das mesquitas eram lançados chamados à jihad (guerra santa), segundo testemunhas.
Uma fonte militar havia afirmado mais cedo que "unidades do exército e forças de segurança perseguiram hoje (sábado) membros dos grupos terroristas em Banias (noroeste) e nos arredores de Deraa (sul) para restabelecer a segurança e a estabilidade", afirmou uma fonte militar.