Segundo a pesquisa divulgada hoje pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a renda dos negros aumentou 43% e a dos brancos, 21 % nos últimos dez anos. Os resultados foram atribuídos à redução da desigualdade no País, que caiu em mais de 50% no período. Ainda de acordo com a pesquisa, os estados do Nordeste foram os que mais cresceram em termos de renda per capita (por pessoa).
Ainda assim, o estudo do IBGE afirma que existem 16,2 milhões de brasileiros extremamente pobres e a Bahia é o Estado com maior contingente, tendo 2,4 milhões de pessoas nessa situação.
Mesmo o índice de Gini, padrão internacional para medir a desigualdade social, mostrando que no ano passado o Brasil alcançou 0,5304 o que significa dizer que quanto mais próximo de 1, maior é a desigualdade do país e nesse sentido o Brasil apresenta o índice alto em comparação com outros países, este é o melhor patamar desde a década de 1960, segundo os estudos da FGV.
“Atribuo à redução da desigualdade entre negros e brancos através da força do movimento negro na constituição do País com políticas públicas de afirmação, principalmente na área de educação. A política de Cotas, Bolsa Família e o PROUNI são exemplos dessas políticas que mostram o acerto da elasticidade da democracia brasileira nos últimos 10 anos. Ainda há muito pra ser feito, mas o caminho é longo e requer determinação, força e muito trabalho que diminua tamanha desigualdade. Serão necessários pelo menos uns 30 anos de políticas afirmativas para estabelecer o equilíbrio entre negros e brancos”, afirma o Secretário Municipal da Reparação Ailton Ferreira.
Fonte: Calila Notícias