Quinze anos após o massacre de Eldorado dos Carajás, os sobreviventes da chacina provocada pela Polícia Militar do Pará contra trabalhadores rurais sem-terra ainda amargam o abandono do poder público. Muitos sobrevivem com sequelas das balas alojadas pelo corpo, sendo impedidos de trabalhar. Além disso, até hoje as viúvas dos 19 trabalhadores assassinados não foram indenizadas pelo Estado. Nesta semana, um grupo de 32 sobreviventes se reuniu com o chefe da Casa Civil do governo do Pará, Zenaldo Coutinho, e com o procurador-geral do Estado, Caio Trindade, para apresentar uma lista de reivindicações. Eles cobram, entre outras coisas, tratamento de saúde continuado e reajuste das pensões que recebem desde 2007, cujos valores não acompanham as alterações anuais do salário mínimo.