Enquanto a Polícia Militar iniciou o primeiro treinamento para a formação dos 145 oficiais e praças que atuarão nas Bases Comunitárias de Segurança, as UPPs baianas, na manhã de ontem, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP) definiu os locais onde 34 unidades serão implantadas até 2013.
Ainda este ano serão instaladas quatro bases. A primeira, na comunidade do Calabar, já foi ocupada pela Polícia de choque e receberá, até o fim de abril, 105 dos policiais formados no curso. Posteriormente, esses agentes serão redirecionados para as bases seguintes. No Calabar, 30 policiais serão mantidos permanentemente e, nas outras unidades, esse número vai variar de acordo com a necessidade. Todos terão um tenente como comandante e um subtenente ou sargento no subcomando.
As bases comunitárias seguintes estarão, em ordem cronológica, no Nordeste de Amaralina, Tancredo Neves e Fazenda Coutos. A previsão é que, até 2013, 34 bases sejam implantadas no estado: 20 em Salvador e 14 no interior. Quatro bases ficarão em Feira de Santana. As bases serão fixadas em pontos estratégicos e vão abranger uma área de dois quilômetros quadrados.
Segundo a PM, a estratégia de ocupação das UPPs Baianas segue quatro ações: investigação, intervenção, ocupação e instalação. A implantação de Centros Digitais de Cidadania (CDC) para a população também estão sendo planejadas.
Para atender às demandas de comunidades marcadas pela violência, a polícia está escolhendo a dedo os PMs que serão treinados nos moldes do método japonês Koban. Agentes recém-formados, sem os “vícios” da profissão e sem antecedentes problemáticos na corporação, são candidatos em potencial. Cerca de 80% dos selecionados até agora tem ensino superior completo.
Koban é uma palavra japonesa, que significa “vigilância por troca”. O método é aplicado desde 1868 no Japão e um dos responsáveis pelos baixos índices de violência. Em 1997, o Koban foi introduzido em São Paulo e também vem sendo estudado e aplicado nas UPPs do Rio.