Para um ginásio que o Flamengo chama de caldeirão, a temperatura devia estar muito perto do ponto de fervura. Enquanto o sol castigava os cariocas – os que não foram à praia, claro – em plena hora do almoço no domingo, o Rubro-Negro abria as portas do Tijuca Tênis Clube para o clássico de maior rivalidade no basquete nacional. Do outro lado da quadra estava o Brasília, com prestígio de líder do NBB. Da beleza técnica, ninguém pôde se orgulhar. Em jogo tenso do início ao fim, repleto de erros e precipitações, riu por último quem manteve o controle. O Flamengo aproveitou o desequilíbrio do adversário no segundo tempo para deslanchar e cravar a vitória por 93 a 80. Mais que o sabor de cozinhar os arquirrivais, o resultado vale o retorno à parte de cima da tabela, a duas rodadas do fim da primeira fase.
O Flamengo tem agora 19 vitórias em 26 jogos, mesma campanha do Pinheiros, que leva vantagem no confronto direto e por isso é o líder de fato. Os dois próximos jogos serão na estrada, contra São José e Limeira. Se tivesse vencido por um ponto a mais, o clube carioca teria vantagem no confronto direto com o Brasília – cada um ganhou uma, mas o saldo favorece a equipe da capital. Os atuais campeões do NBB só jogam mais uma vez, em casa, contra Joinville, e precisam torcer muito por tropeços dos concorrentes se quiserem terminar o campeonato no alto da classificação.