O presidente da Associação dos Agentes de Endemias de Feira de Santana, Roberto Carvalho, ocupou a Tribuna da Câmara, na manhã desta segunda-feira, e, entre outras declarações, fez uma das mais preocupantes: a de que existe a possibilidade de que o município enfrente uma epidemia de dengue até abril.
Ele também pediu o apoio dos vereadores para que a Prefeitura volte a pagar insalubridade, que é de 20%, e implemente aos seus salários uma gratificação de R$ 75.
De acordo com ele, os agentes feirenses recebem apenas um salário mínimo mensal. E comparou com o que é pago em Araci, município localizado a cerca de cem quilômetros de Feira. “Lá, o salário é de R$ 607,50, mais 4,5%”.
Declarou que os repasses recebidos por Araci são menores do que os repassados para Feira. “Procurei saber como eles pagavam e fui informado que os recursos vinham do Fundo de Participação dos Municípios”. Em Feira existem 410 agentes de endemias.
Falou também sobre o turnão de trabalho para a categoria, que considera não prejudicar os resultados. “Dá para fazer as visitas das casas, como preconiza o Ministério da Saúde, em seis horas diárias”.
Roberto Carvalho disse que o combate ao mosquito aedes aegypti, que transmite a doença, é responsabilidade de todos – autoridades e população. Revelou que 90% dos focos são encontrados dentro das residências.
