sexta-feira, 4 de março de 2011

Brasil diz que apoiará decisões da ONU sobre a Líbia

BRASÍLIA - O porta-voz da Presidência, Rodrigo Baena, disse nesta quinta-feira que o Brasil está acompanhando as ações na Líbia e apoiará todas as iniciativas definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU). Baena também disse que a presidente Dilma Rousseff não foi contactada pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que propôs o Brasil como mediador do conflito no país do norte da África . O próprio ditador líbio Muamar Kadafi propôs a formação de uma comissão de observadores internacionais formada por Brasil , União Africana e a Organização da Conferência Islâmica para examinar a crise em seu país.
No sábado, o Conselho de Segurança da ONU impôs sanções contra Kadafi e sua família, e encaminhou ao Tribunal Penal Internacional (TPI) a questão da repressão aos manifestantes . O líder líbio, seus filhos e os membros de seu círculo de poder poderão ser considerados responsáveis por crimes cometidos pelas forças de segurança da Líbia.
Muamar Kadafi e seu círculo próximo, incluindo alguns de seus filhos, deveriam prestar atenção a crimes cometidos por seu pessoal
- Nós identificamos algumas pessoas que são ou eram parte da autoridade e que possuem autoridade sobre as forças de segurança que supostamente cometeram os crimes - disse nesta quinta-feira o procurador-geral do TPI, Luis Moreno-Ocampo. - São eles: Muamar Kadafi, seu círculo próximo, incluindo alguns de seus filhos, que tinham de fato autoridade. Há também algumas pessoas com autoridade formal que deveriam prestar atenção a crimes cometidos por seu pessoal.
Moreno-Ocampo afirmou que um pedido de prisão pelos crimes na Líbia poderá ser emitido dentro de poucos meses. O tribunal, com sede em Haia, na Holanda, trata de casos de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio.