O embaixador da França na ONU, Gérard Araud, disse nesta sexta-feira (18) que a intervenção militar na Líbia para pode começar "horas depois" da reunião diplomática de Paris deste sábado.
"Amanhã teremos uma cúpula em Paris com todos os principais atores da operação, para um esforço diplomático", disse em entrevista à BBC. "Então acho que seria um bom momento para mandar um último sinal."
"Acho que, depois dessa cúpula, penso que nas horas seguintes, iremos lançar a intervenção militar", avaliou.
Já a enviada dos EUA à ONU, Susan Rice, disse que o governo da Líbia está violando o cessar-fogo imposto pelas Nações Unidas ao país na véspera.
Em entrevista à CNN, a diplomata afirmou que o ditador Muammar Kadhafi, que combate com violência, há mais de um mês, uma forte rebelião contra seu governo, vai encarar consequências, inclusive militares, se ignorar o apelo internacional pelo cessar-fogo.
Em entrevista, Kadhafi afirmou que a resolução da ONU sobre o país é um caso de "colonialismo flagrante".
Pouco antes, o vice-chanceler líbio, Khaled Kaim, disse que a presença de forças leais a Kadhafi próximo a Benghazi, cidade-sede dos rebeldes não violava a trégua.
Ele negou relatos de que os bombardeios a posições rebeldes teriam continuado apesar da trégua e afirmou que o governo não tem planos de atacar a fortaleza dos rebeldes, no leste do país.