CAIRO, 13 de fevereiro - (Reuters) - O governo militar do Egito disse no domingo que dissolveu o Parlamento, suspendeu a Constituição e que pretende governar por apenas seis meses ou até que as eleições aconteçam.
Numa declaração, o Conselho Supremo Militar, que assumiu depois que 18 dias de protestos puseram fim aos 30 anos de governo de Hosni Mubarak, prometeu fazer um referendo sobre emendas constitucionais.
A resposta inicial dos integrantes da oposição e líderes do protesto foi extremamente positiva. 'Vitória, vitória', gritavam os ativistas pró-democracia na Praça Tahrir, no Cairo. 'É preciso mais, é preciso mais', gritavam também.
'É uma vitória da revolução', disse o político oposicionista Ayman Nour, que concorreu com Mubarak para a Presidência, em 2005, e mais tarde foi preso acusado de falsificação, o que ele disse ser uma armação. 'Acho que isso vai satisfazer os manifestantes.'
Mahmoud Nassar, um líder do movimento da juventude, disse: 'O Exército se desdobrou para atender às demandas do povo e nós insistimos para que libertem todos os presos políticos, que foram presos antes e depois da revolução de 25 de janeiro. Só então, poderemos parar os protestos.'