quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Jovem morre atingindo por raio próximo à Refinaria Landulpho Alves

Redação CORREIO
Um jovem de 19 anos morreu atingido por um raio nesta terça-feira (11) em uma área vizinha à Refinaria Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, por volta das 14 horas.
Segundo informações de José dos Anjos, coordenador do acampamento de trabalhadores desempregados onde o rapaz morava, na localidade de Socorro, Denilton Jesus dos Anjos, pescava com dois amigos em uma aréa da refinaria da Petrobras, quando começou uma tempestade e um raio atingiu os três jovens.
Após perceber que o amigo havia sido atingido, os dois rapazes levaram Denilton para área interna da Refinaria para socorrê-lo.
O coordenador do movimento relatou que a Petrobras não havia permitido que familiares entrassem na refinaria para retirar o corpo da vítima. Por volta das 21 horas, o Instituto Médico Legal (IML) pôde entrar na Refinaria para remover o corpo do jovem.
Segundo Robson Santana, diretor executivo do Sinepetro, após reunião de representantes da Refinaria e do Acampamento, familiares puderam entrar para ver o corpo.
O acampamento está no local há mais de seis anos, após a Petrobras, segundo o coordenador do grupo, ter prometido conceder um pedaço de terra aos trabalhadores. Ainda segundo o líder do movimento, o único contato com familiares com a Petrobrás foi através do Sincato dos Quimicos e Petrolheiros da Bahia (Sinepetro)
A assessoria da Petrobrás informou que representantes da Refinaria estão investigando a morte. Em nota, a empresa disse que o acidente aconteceu em uma área de manguezal próxima à RLAM e que a Petrobras "foi acionada para prestar socorro à vítima. Após a constatação do óbito, a pedido do Corpo de Bombeiros, a Petrobras fez a guarda do corpo até a chegada do Instituto Médico Legal (IML), o que aconteceu por volta das 21h30".
A mãe de Denilton, Silvina Sacramento de Jesus, foi levada em estado de choque para o Hospital de São Francisco do Conde, mas já foi liberada. Um dos jovens atingidos pelo raio, Leandro da Conceição de Jesus, relatou dores de cabeça, já o outro jovem, ainda não identificado, está muito abalado e sem condições de falar sobre o caso.

Bahia está entre os estados com maior risco de epidemia de dengue
 / Crédito: Arquivo CORREIO
Levantamento do Ministério da Saúde mostra que, dentre os 16 estados com risco "muito alto" de sofrer uma epidemia de dengue no verão deste ano, 12 estão nas regiões Norte e Nordeste, no qual se inclui a Bahia.
O novo mapa de risco da dengue foi divulgado nesta terça-feira (11) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O objetivo do mapa de risco é orientar as ações de prevenção e atenção à saúde para a estação das chuvas neste ano.
Em setembro do ano passado, quando o mapa foi lançado, eram dez os estados classificados entre os de risco "muito alto".
Os 16 estados considerados com risco "muito alto" de epidemia são Bahia, Acre, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Tocantins, Mato Grosso, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Outros cinco estados, além do Distrito Federal, foram classificados como de risco "alto" de epidemia (Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Amapá e Roraima).
Segundo o ministro, o aumento nos estados com risco mais elevado se deve a critérios de classificação mais “conservadores”.
Na próxima semana, o ministro se reunirá com secretários de Saúde dos 16 estados com risco muito alto de epidemia da doença. “A cobrança e a parceria do Ministério da Saúde com esses secretários é a implantação das diretrizes de combate à dengue e a rede de atenção. Os estados têm papel fundamental de apoiar municípios”, disse o ministro.
O Ministério da Saúde também identificou 70 municípios com risco alto de surto da doença. Entre eles, estão todas as capitais de estados, exceto Porto Alegre (RS), São Paulo (SP) e Florianópolis (SC). Esses locais terão a vigilância reforçada e o Ministério da Saúde fará monitoramento semanal da situação.
Segundo informações do G1, as cidades consideradas pelo governo em estado de maior atenção são Rio Branco, Porto Velho e Manaus. Nesta terça-feira, depois de reunião com a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Saúde anunciou um plano de combate que reúne 12 órgãos do governo federal.

Estado confirma duas mortes por meningite este ano

 Elaine Lima acompanhou a amiga Patrícia ao médico: "Ela já sentia dores de cabeça antes do Ano Novo"Duas mortes por meningite meningocócica, a forma mais contagiosa da doença, foram confirmadas, nesta terça-feira, 11, pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). Uma criança de 2 anos, cujo nome não foi revelado, morreu no Hospital Santo Antônio. A outra vítima, uma mulher de 26 anos, foi levada com vida para o Hospital Couto Maia (HCM), mas não resistiu.
A vendedora ambulante Patrícia Alves Gomes morreu no domingo, dia 9, mas começou a sentir os sintomas muito antes. “Ela estava sentindo dores de cabeça antes do Ano-Novo. Na quinta-feira, foi para o posto de saúde de Pernambués, com dores na cabeça e nas pernas. Deram dipirona e ela voltou para casa”, contou a amiga Elaine Lima dos Santos, 24 anos, que morava com Patrícia e a acompanhou durante todo o atendimento médico.
Na madrugada de sexta, Patrícia sentiu náuseas e vomitou durante a madrugada. “Fomos para o HGE (Hospital Geral do Estado). Lá, ela fez alguns exames e os médicos disseram que ela deveria ir para o Hospital Couto Maia. Ela já tinha manchas pelo corpo”, completou a amiga.
No mesmo dia, já no HCM, Patrícia foi isolada num quarto, para que pudesse receber o atendimento especializado. Foi quando a mãe dela, Railda Alves Gomes, foi informada sobre a doença da filha. “Quando soube, ela já estava no hospital”, contou.
A amiga Elaine afirmou que os médicos pediram para que todos se afastassem. Em seguida, explicaram que se tratava de meningite meningocócica. “Não queriam nem que a gente entrasse no quarto”, relatou.
Segundo a Sesab, nehuma das duas vítimas haviam se vacinado contra a doença. Conforme dados da Secretaria, em 2010 foram contabilizados quase 1.300 casos de meningite no estado, com mais de 100 óbitos. No caso da doença meningocócica, os óbitos ultrapassaram 50.

Içara Bahia l A TARDE Margarida Neide/Agência A TARDE