terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CGU investiga suspeita de venda de entidades que recebem verba pública

A Controladoria-Geral da União está investigando um suposto esquema de venda de instituições capazes de receber dinheiro público. Algumas são alvo de denúncias de desvio de verbas por meio de emendas parlamentares.
A Casa de Aline Aparecida Brazão, em Alto Paraíso, Goiás, é a sede de dez Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público), uma espécie de ONG que deve ter um certificado de qualificação do Ministério da Justiça e assumir o compromisso de promover o bem social.
Segundo a Controladoria-Geral Da União, Aline Brazão é, ou foi presidente, de 45 Oscips. A casa dela está à venda e o número do telefone é o mesmo de Antônio Carlos Travasso Vieira.
Ele tem um site na internet em que oferece a venda de Oscips já aprovadas, prontas para operar imediatamente e a receber dinheiro público.O produtor do Jornal Nacional Fabiano Andrade se passou por um interessado em comprar uma Oscip. Ele marcou um encontro com Antônio Vieira em uma concessionária de veículos de Brasília.
Ao ser questionado se ele tinha a documentação da entidade regularizada, Antônio Vieira diz que sim. “A gente transfere pra você toda a documentação. Essa documentação tá no meu nome. Pra você ter ideia, nós começamos a legalizar essa empresa, no início de 2010. Levamos praticamente, tamos no final do ano, esse certificado, por exemplo, ele foi aprovado em agosto, mas daí eles demoram 30, 60 dias pra mandar. E esse certificado, sem ele você não faz nada. Como se fosse um alvará, um diploma, né? Que é o que tem toda a publicação no Diário Oficial.”