segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Após arrastões, PM do Rio reforça patrulhamento a partir desta noite

Depois da série de arrastões registrados no Rio nas últimas 24 horas, a Polícia Militar afirmou que vai reforçar o patrulhamento a partir da noite desta segunda-feira (22). Isso significa, segundo a PM, aumentar o número de ações nas ruas, como blitz. A ação é uma das medidas anunciadas pelas autoridades para reprimir os ataques.
A PM anunciou, ainda, que vai contar com o apoio do Batalhão de Choque (BPChoque) para fazer a segurança das vias expressas, principalmente próximo aos locais onde ocorreram os últimos ataques.Mais cedo, o comandante geral da Polícia Militar do Rio, coronel Mario Sérgio Duarte, disse que vai antecipar o esquema de policiamento do fim de ano. Segundo ele, folgas serão reduzidas para aumentar o efetivo, PMs que fazem trabalhos internos passarão a atuar nas ruas e sete mil novos policiais serão contratados até o fim do ano de 2011.Até o fim de dezembro, de acordo com a polícia, mais 250 motocicletas vão circular pela cidade. Nesta segunda-feira, 140 veículos foram distribuídos para os batalhões: “Irão intensificar o policiamento nestas áreas que estão sendo alvo desses criminosos”, disse o coronel Mário Sérgio Duarte. A PM, no entanto, não informou o número de homens que vão reforçar a segurança.Os primeiros ataques começaram há quase dois meses. No início, as autoridades chegaram a negar a possibilidade dos crimes para não amedrontar a população. Em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no fim de setembro, foram três carros roubados e um homem feito refém.Diante dos ataques, a PM passou a usar, desde o dia 8 de setembro, um helicóptero para ajudar no patrulhamento. Além disso, 19 batalhões tiveram mudanças de comandante. Ainda em setembro, um ataque acabou com um motorista baleado. Mais uma vez foi anunciado reforço no policiamento.Entre domingo (21) e esta segunda-feira (22) foram registrados mais seis ataques, cinco carros incendiados e a Secretaria estadual de Segurança Pública discute como reforçar o combate às quadrilhas. Pela primeira vez, as autoridades admitiram que pode se tratar de uma ação combinada pelos criminosos.
Segundo ele, as ações criminosas dos últimos dias seriam represálias à ocupação de 13 comunidades pelas Unidades de Polícia Pacificadora, as UPPs. Mais cedo, o comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, e o governado do Rio, Sérgio Cabral, já tinham dito que os ataques estariam sendo orquestrados por uma facção criminosa em represália às UPPs.