A polícia civil de Nova Viçosa, no extremo sul da Bahia, já solicitou à Justiça a prisão preventiva de Sônia Soares Santos, de 35 anos, acusada de agenciar a exploração sexual da própria filha, de apenas 11 anos. O crime foi descoberto depois da prisão do mestre de obras Astor Caldas Malta Filho, 50, flagrado em sua casa com a filha de Sônia e outra menina de apenas sete anos.
Em depoimento, Astor confirmou a participação de Sônia no esquema de exploração sexual. Alcoólatra, ela fazia faxina na casa do acusado. Para abusar sexualmente da filha da faxineira, o mestre de obras pagava R$ 10,00. A criança fora levada pela mãe à casa do explorador cinco vezes nos últimos 60 dias.
Também ouvida pelo delegado Samuel Martins Neto, a vítima declarou já ter sido presenteada por Astor Caldas com uma bicicleta, vários brinquedos e bombons. A criança de sete anos, amiga dela, também teria sido abusada pelo mestre de obras, que teria feito ainda uma terceira vitima, uma menina de 10 anos, irmã da criança de sete.
Exames médicos legais realizados nas vitimas confirmam a violência sexual. Autuado em flagrante por estupro de vulnerável, Astor está detido na Delegacia de Nova Viçosa.
As crianças foram encaminhadas ao Crea - Centro de Referência Especializado em Assistência Social, da Prefeitura Municipal de Nova Viçosa.
Mais abusos - A polícia apurou que a filha de Sônia Soares Santos é uma das três meninas que foram levadas em 19 de agosto deste ano para o Rio de Janeiro pelo caminhoneiro Luiz José da Silva Filho, de 36 anos. Preso em flagrante no bairro carioca de São Cristovão, ele teria conduzido as garotas à força da Bahia para o Rio, e pretendia obrigá-las à exploração sexual.
As garotas haviam pedido carona ao caminhoneiro, que chegou a abusá-las sexualmente.
No Rio de Janeiro, uma pessoa desconfiou da movimentação dentro da cabine do caminhão, chamou a polícia, e Luiz foi preso. Dias após o episódio, as meninas retornaram à Bahia.