quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Segundo dia de audiência do caso Eliza é marcado por troca de acusações entre familiares e defesa de Bruno

Lucas Prates/Jornal Hoje Em Dia
Transcorreu em clima de guerra a segunda audiência de instrução e julgamento do caso que envolve o desaparecimento e homicídio de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Enquanto a família do atleta acusa o advogado Ércio Quaresma de chantagem e extorsão, o defensor do atleta insinua que alguns parentes do ex-jogador do Flamengo querem se aproveitar da situação para controlar o dinheiro e os bens do acusado.

Nesta quinta-feira (7), 16 testemunhas de defesa foram intimadas a prestar depoimentos no Fórum de Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte. Destas, 13 compareceram, mas somente nove foram ouvidas. A juíza Ana Paula Lobo Pereira de Freitas decidiu encerrar a sessão por volta das 19h, devido à demora dos interrogatórios.

Quaresma se ajoelhou aos pés de Bruno e disse que a atitude de seus parentes era uma vergonha, “atitude de canalhas”. Afirmou ainda, quase sussurrando, que a agonia do goleiro estava perto do fim. “Em breve você estará em casa”, disse. O advogado tenta na Justiça o benefício da prisão domiciliar para seu cliente, sob o argumento de que ele está com a saúde debilitada. Somente nesta semana, Bruno passou mal duas vezes. E na quarta-feira (6) não foi diferente. O atleta precisou ser atendido no fórum por agentes do Corpo de Bombeiros.

A avó do atleta, Stela Santana, 78 anos, e uma tia identificada apenas como Fátima garantiram ter cartas escritas por Bruno demonstrando seu desejo de trocar de defesa. Porém, à imprensa, o goleiro confirmou que está satisfeito com Quaresma e que o advogado “tem feito o melhor”. Fátima ameaça processar o advogado por calúnia e difamação.

Em determinado momento da audiência, Bruno trocou de lugar para ficar ao lado da ex-mulher, Dayanne Rodrigues. Os dois trocaram carícias. Questionada sobre o que sentia pelo atleta, ela respondeu que o amou, mas há muito tempo.

Fernanda Gomes de Castro, outra amante de Bruno (acusada de envolvimento no crime), também precisou de cuidados médicos. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como “Bola”, acusado de matar e desaparecer com o corpo de Eliza, sofreu uma crise asmática quando o filho dele entrou para prestar esclarecimentos sobre a vida do pai.