Datafolha mostra Jaques Wagner com 50%
Faltando apenas três dias para as eleições, pesquisa Datafolha divulgada ontem aponta que o governador Jaques Wagner (PT) tem 50% das intenções de voto e ganharia no primeiro turno. Enquanto isso, o candidato Paulo Souto (DEM) registrou 19% e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) 15%.Na pesquisa anterior, de 22 de setembro, Wagner tinha 48%, Paulo Souto alcançava 21% e Geddel Vieira Lima era citado com 12%. Luiz Bassuma (PV) tem 2% e o professor Carlos (PSTU) tem 1%. Sandro Santa Bárbara (PCB) e Marcos Mendes (PSOL) foram citados, porém não alcançaram 1% das intenções de voto. Pretendem votar em branco ou anular o voto 4% e 8% estão indecisos.
Wagner, por sua vez, sem esconder o otimismo, disse que acredita na confirmação da vitória dele e Dilma Rousseff no primeiro turno, e que as próximas pesquisas vão mostrar isso, como mostrarão, também, as vitórias de Lídice e Pinheiro para o Senado. Contudo, voltou a pedir muito trabalho e tranquilidade à militância no convencimento dos eleitores, para que conquistar o voto apenas com bons argumentos. “Estamos confiantes, mas não podemos descer do salto. Afinal, eleição se ganha nas urnas”, destacou.
O levantamento ouviu 1.198 eleitores entre os dias 28 e 29 de setembro de 2010, em 49 cidades do estado da Bahia. A margem de erro desta pesquisa é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. No cálculo de votos válidos, onde a taxa de votos brancos, nulos e indecisos é excluída, Jaques Wagner alcançaria 57% dos votos válidos, contra 21% de Paulo Souto e 17% de Geddel Vieira Lima. Na pesquisa anterior, esses índices eram respectivamente: 58%, 25% e 14%.
ESPONTÂNEA - Sem a apresentação do cartão dos candidatos, na intenção de voto espontânea, Wagner tem 36% das citações, índice estável em relação à semana passada. Souto aparece com 9%, oscilando negativamente um ponto percentual e Geddel Vieira Lima chega a 9% (antes pontuava 6%).
Não souberam responder 35% e 3% afirmam votar em branco ou nulo. Apresentado aos eleitores um cenário de segundo turno entre Wagner e Souto, o petista mantém o índice de 62%, oscilando positivamente dois pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Paulo Souto, nessa circunstância, tem 28%, oscilação negativa de um ponto percentual.
No quesito rejeição, o democrata mantém a dianteira com 32% (na pesquisa anterior registrou 34%). Geddel Vieira Lima tem rejeição de 24% (eram 24% na pesquisa anterior). Jaques Wagner surge com 18% de rejeição (era 15%). Entre os candidatos de partidos menores, aparecem Bassuma (PV), com 25% de rejeição, Marcos Mendes (PSOL) com 23%, Professor Carlos (PSTU), com 22%, e Sandro Santa Bárbara, do PCB, com 24%. Não rejeitam nenhum candidato somam 8%, e outros 3% rejeitam todos os candidatos apresentados. Não sabem, 12%.
Campanha do TSE informa que eleitor só precisa de documento com foto para votar
Agência BrasilAs recentes decisões do Supremo Tribunal Federal, alterando regras e leis às vésperas das eleições, tornam sem sentido a existência do Tribunal Superior Eleitoral e da própria Justiça Eleitoral. Apesar de a Constituição determinar que o TSE é a instância máxima eleitoral e que suas decisões não são passíveis de recurso, o STF na prática tem alterado suas sentenças e até “interpretado” a legislação eleitoral. Pela Constituição, decisões do TSE só podem ser questionadas quanto à constitucionalidade. Mas há muito o STF ignora esse entendimento. Justiça Eleitoral é invenção brasileira, única e cara: só a nova sede do TSE custou R$ 500 milhões. Para funcionar duas noites por semana. Especialista em Direito Eleitoral, Luciana Lóssio não vê problemas na atitude do STF: “É normal que a última palavra seja da Suprema Corte”. Se o Tiririca for eleito, com outras dezenas de “palhaços-candidatos” e vice-versa, quem será o último a sair para apagar a luz do picadeiro? (Claudio Humberto)
Cerca de 250 correspondentes internacionais estão a postos para acompanhar a eleição presidencial no país, no próximo domingo. Além deles, várias emissoras farão a cobertura em seus países de origem, com ajuda de agências internacionais de notícia. No Brasil, equipes de diferentes veículos já se credenciaram no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), como BBC, Associated Press, Al Jazeera, KBS sul-coreana, SVT da Suécia, SRG-SSR da Suíça, Telesur Nicaragua, Russia Today TV e SWR da Alemanha. Nos últimos dias, uma equipe de jornalistas da Bulgária tem sido vista em corpo a corpo com os principais candidatos. Para o presidente da associação de correspondentes internacionais no Brasil, o italiano Roberto Catani, o peso econômico do Brasil no mundo e o fato de uma mulher ter, pela primeira vez, as maiores chances de ser eleita presidente do país chamam a atenção das demais comunidades. (O Globo)
O sistema de apuração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não vai divulgar, no dia da eleição, os votos dados a candidatos que estejam com seus registros de candidaturas pendentes em função da Lei da Ficha Limpa. Esses votos, conforme está previsto na Lei Eleitoral, serão computados, mas só serão tornados públicos quando houver uma decisão final da Justiça sobre o registro eleitoral do candidato. Se o registro de um candidato for indeferido, ao final, a Justiça Eleitoral decidirá se os votos dados a ele serão considerados nulos ou transferidos à legenda. — Nossas máquinas estão programadas para que, no caso dos candidatos que não obtiverem registro até o momento da eleição, apareça simplesmente um zero. Esses votos irão para um arquivo separado e, futuramente, o tribunal decidirá como vai computar esses votos — disse o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski. Mesmo não constando do sistema oficial de apuração de votos, a votação de um candidato com registro pendente deverá ser informado pelo TSE à imprensa. Os votos só serão considerados nulos se os chamados tiverem o registro negado definitivamente. (O Globo)