Casal atribui morte de catador a demora no atendimento no HATS

Na manhã desta quarta feira, 27 a população de Jacobina e região pode acompanhar o drama do casal Carlos Silva de Jesus e Eliene Maia dos Santos, residentes na Catuaba de Cima, na BA 131. De acordo com o casal, ontem por volta das 9h00m da manhã levaram um colega de trabalho ao posto de saúde do bairro Jacobina III, pois o mesmo estava precisando de atendimento de emergência e ao chegar ao local recebeu a informação que não havia medico naquele horário, tendo em seguida se deslocado para o Hospital Regional Vicentina Goulart, onde segundo Carlos foi preenchido uma ficha de atendimento, mas não devido a demora resolveu procurar o Hospital Antonio Teixeira Sobrinho (HATS), onde preencheu outra ficha aguardando que o Sr. Adelino dos Santos, 44 anos, fosse atendido o mais rápido possível pois estava muito doente e com fortes dores.
Adelino e o casal de amigos trabalham como catadores de lixo, no lixão de Jacobina e disseram ter muito orgulho do trabalho que exercem diariamente. Carlos disse ter levado a vitima na garupa da sua moto em todas as unidades de saúde citadas anteriormente, mas ninguém atendeu Adelino que teve como conseqüência sua morte. 
O médico plantonista do HATS, Dr. Jorge Gaspar, disse ao radialista Mauricio Dias, por telefone no programa Painel de Noticias da Rádio Clube AM, que a vitima teve atendimento imediato e chegou a dizer que o serviço foi nota 10, negando as acusações feitas pelo casal.
Carlos e Eliene, acreditam que o amigo Adelino morreu por falta de atendimento imediato por parte do médico, alegam ainda que o profissional só apareceu após o óbito de Adelino que teria dito; "Esse já foi". As denuncias feitas pelo casal devem ser apuradas por quem de direito, pois a população está insatisfeita com o serviço de saúde local.
Adelino era morador da comunidade do Barro Branco, seu corpo foi sepultado as 10h00m desta quarta feira no cemitério do Pau Ferro. Dr. Jorge disse que o paciente sofreu um infarto.